Cari amici,
come frutto dell’Enjuz (incontro giovani zaccariani) di Belo Horizonte cominciamo la pubblicazione in portoghese delle schede di presentazione dell’enciclica Laudato sì per creare un dibattito e un approfondimento della nostra fede e del modo in cui custodire il Creato.
Ringrazio angelica Lina Cruz Barroso per le traduzioni in portoghese.

«Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para tra’s as coisas de menino» (1 Cor 13,11).
«Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido. (1Cor 13,12 ) E poderemos ler com alegre admiraçao o misterio do universo, que parteciparà junto a nòs da plenitude sem fim (Louvado sejas, 243)».
«Que adianta começar bem e nao acabar bem? Isto nao é mais nada do que um trabalho vao.
Hoje voce vai ver tudo a prosperar em seu favor: nao se vanglorie. Amanha vai ver tudo contra voce: mas nao fique triste e nao se aflija, mas, com constancia continue a sua viagem,porque chegarà até ao fim» (SAMZ).
Folha 1

Apresenteçao da enciclica Laudato sì, 24 de Maio, 2015

Um mundo fràgil, com um ser humano a quem Deus confia o cuidado do mesmo, interpela a nossa inteligência para reconhecer como deveremos orientar, cultivar e limitar o nosso poder (78).
Este é o objetivo da segunda encíclica do Papa Francisco (Evangelium Gaudi ).
O que é uma encíclica?
Um documento oficial do Bispo de Roma e Papa da Igreja em que é exprimido um ensinamento poderoso e quase completamente vinculativo sobre os fiéis.
Estamos diante de uma encíclica social, não a primeira:
Rerum novarum, Pacem in terris, Octogesima adveniens*, Populorum progressio, Sollecitudo res socialis, Centesimus annus, Laudato sì.
Porque una enciclica sobre a ecologia?
O mundo é um dom de Deus, do qual o homem faz parte, mas uma parte responsável.
Ecologia não significa uma justa atenção ao mundo (nós somos mais cuidadosos para com um gato no caminho do que para com um homem !), mas uma responsabilidade do homem para com o universo.
O homem, na verdade, é o guardião – embora pecador – da criação!
Não se pode falar do universo sem falar do homem e vice- versa. (160) «Precisamos perceber que o que está em jogo é a dignidade de nós mesmos. Nós somos os primeiros interessados a apresentarem um planeta habitável para a humanidade que virà depois de nós. É uma tragédia para nós mesmos, porque põe em causa o significado de nossa presença nesta terra» (21). «Os jovens exigem de nós uma mudança. Eles se perguntam como você pode reivindicar para construir um futuro melhor, sem pensar sobre a crise ambiental e o sofrimento dos excluídos».
A encíclica é dirigida a todas as pessoas de boa vontade, mas não renuncia a apresentar o seu ponto de vista, a sua perspectiva antropológica cristã, não para impor-la, mas porque não se pode raciocinar sem pontos fermos de referencia ou fingindo que existem apenas valores neutros ou transversais. Por outro lado, o testemunho de São Francisco (11) «também mostra que a ecologia integral exige abertura para categorias que transcendem a linguagem das ciências exatas ou da biologia e nos poe em contacto com a essência do ser humano».
A este respeito, o índice da encíclica explica bem o método da obra do Papa Francisco(16). «Embora cada capítulo tenha a sua temática própria e uma metodologia específica, o que se lhe segue retoma por sua vez, a partir de uma nova perspetiva, questões importantes abordadas nos capítulos anteriores. Isto diz respeito especialmente a alguns eixos que atravessam toda a encíclica. Por exemplo: a relação íntima entre os pobres e a fragilidade do Planeta, a convicção de que tudo está estreitamente interligado no mundo, a crítica do novo paradigma e das formas de poder que derivam da tecnologia, o convite a procurar outras maneiras de entender a economia e o progresso, o valor próprio de cada criatura, o sentido humano da ecologia, a necessidade de debates sinceros e honestos, a grave responsabilidade da política internacional e local, a cultura do descarte e a proposta dum novo estilo de vida».
Mas o verdadeiro objetivo do qual não podemos ignorar é «concentrar-se especialmente nas necessidades dos pobres, fracos e vulneráveis em um debate muitas vezes dominado por interesses mais poderosos. É preciso reforçar a consciência de que somos uma família humana. Não há fronteiras políticas ou sociais e as barreiras que nos permitem isolar-nos, e por essa razão não há sequer espaço para a globalização da indiferença» (52).
Perguntas:
O que vocês acham desta proposta encíclica?
Para o vosso grau de fé: faz sentido falar de isso como cristãos?
Como a fé vos ajuda a ter uma abordagem responsável para a criação?
Como criação traz-lhe mais perto de Deus?
«São Francisco, fiel à Sagrada Escritura, propõe-nos reconhecer a natureza como um livro esplêndido onde Deus nos fala e transmite algo da sua beleza e bondade… Por isso, Francisco pedia que, no convento, se deixasse sempre uma parte do horto por cultivar para aí crescerem as ervas silvestres, a fim de que, quem as admirasse, pudesse elevar o seu pensamento a Deus, autor de tanta beleza» (12). Mesmo nosso Fundador fala da criação como o primeiro livro sobre o plano salvífico de Deus.
Como você acha que a questão ecológica se poderá enfrentar ?

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